Ultima atualização: Dia 12/12/2024
"As coisas pequenas são realmente as grandes coisas da vida."
Por
Marcelo Miguel
Cortar uma arvore não tem problema. É uma só.
Infelizmente é assim que pensa a grande maioria das pessoas.
Mesmo diante das evidentes mudanças climáticas, que poderiam ter sido combatida anos atrás com o estímulo ao reflorestamento e o combate mais severo ao corte e a retirada da vegetação natural, as pessoas ainda acreditam que não tem problema nenhum arrancar uma única árvore.
As mudanças climáticas estão transformando o planeta.
As chuvas e tempestades cada vez mais fortes. O clima cada vez mais desequilibrado tem causado estiagens mais severas e inundações mais catastróficas. Isso sem falar no desconforto térmico causado pelo calor.
Boa parte de São Paulo ainda hoje continua as escuras por conta destas chuvas e da incompetência de alguns.
De qualquer maneira, existem projeções que apontam que no Brasil, até o ano de 2030 (ou seja, daqui a pouco) um em cada três brasileiros terá sofrido alguma consequência direta das emergências climáticas (falta d’água, crise no abastecimento por conta de estiagem, doenças advindas da baixa umidade do ar, falta de luz, corte na internet, etc...) e que pelo menos um em cada dez brasileiros irá sofrer consequências diretas das catástrofes climáticas (enchentes, desmoronamentos, perdas materiais em consequências de ventos e tempestades, etc...)
Não bastasse isso tudo que já estamos vendo, agora existem também os problemas e perigos que ainda não estamos vendo.
Recentemente os cientistas detectaram na região da Groenlândia um tsunami de mais de 200 metros de altura. Uma onda gigantesca (do tamanho de um edifício de 70 andares) durante nove dias, que se manteve circulando, por sorte, dentro de uma baia fechada e cercada por gelo.
Com o aquecimento global e o aquecimento, das geleiras cada vez mais o derretimento acelerado tem feito com que grandes placas de gelo se soltem e provoquem enormes tsunâmis, como esse, que ninguém viu, mas foi identificado por sensores e satélites.
Se esse deslocamento tivesse ocorrido do lado de fora da baia, certamente esta onda poderia ter atingido algum continente mais distante.
Uma onda de 200 metros de altura, apenas a título de ilustração, engoliria toda a cidade de Balneário Camboriú em Santa Catarina em um único golpe. Um tsunami desta magnitude na costa brasileira destruiria qualquer cidade do litoral brasileiro em alguns minutos.
Mas como eu disse, por sorte o gelo quebrou para o outro lado. Talvez da próxima vez não tenhamos essa mesma sorte. Afinal de contas, que mal existe em cortar apenas uma arvore?