Não somos periquitos, mas temos uma janela.
Eu e minha companheira Fernanda moramos no segundo andar de um edifício do bairro Água Verde, na divisa com o bairro da Vila Izabel, na cidade de Curitiba/Paraná. Temos uma varanda, e a frente dela, está voltada para algumas árvores numa rua lateral a entrada do meu edifício. Nesta varanda, eu sempre mantive o hábito de colocar algumas frutas para os pássaros e também de cuidar de algumas poucas plantas. Na verdade, há mais de sete anos, eu mantenho estes hábitos e costumes.
Por conta disso, acabei por fazer uma longa lista de amizades com os pássaros da redondeza. Não só os periquitos. A lista é longa e inclui a Pomba Silvia, João o sabiá e John-John o João de Barro, entre outros moradores. Com o passar do tempo, alguns destes amigos de penas começaram inclusive a se alimentar em nossas mãos.
Em nossa varanda, existe um pequeno espaço, um pequeno recuo, que teoricamente deveria ser utilizado para uma churrasqueira ou coisa parecida. Exatamente neste local eu acabei por improvisar um pequeno conjunto de puleiros, onde os periquitos e pássaros por vezes se acomodam.
Nos dias de sol, com a porta da varanda aberta, alguns deles chegam inclusive a se acomodar nos puleiros e assistem a TV da sala ao meu lado. Não sei se eles gostam da programação, mas por vezes, os pássaros ficam ali no puleiro, por horas e horas, olhando na direção da tela da TV.
Todos os dias, são servidas duas refeições para nossos visitantes. Duas bananas e duas maças e mais 100 gramas de sementes de girassol. Em troca, alguns de nossos convidados costumam cantar em nossa varanda (os periquitos geralmente só aparecem para brigar e gritar mesmo) mas eles também não se importam de pousar e posar para nós como modelos das fotografias que tiramos ali.